"Quem casa quer casa, quem nasce quer colo!!"
por mim mesma
Desde sempre, em todas as culturas crianças foram cuidadas e
carregadas, nem sempre pela mãe, mas por alguém que por amor ou por função
deveria fazê-lo e fez!
Não carregar um bebê é submetê-lo a um frio que ele não pode
suportar ou pelo menos não pode suportar sem um custo.
Não é novo o que proponho! Carregar o bebê perto do corpo,
no calor e na maciez do humano, ao som do coração, no ritmo da respiração, no balanço do caminhar, é quase
fisiológico.
Em algum momento a medicina higienista resolveu que as
crianças deveriam ser apartadas, aprender a dormir sozinhas, não deveriam ser mimadas,
deveriam ser deixadas a chorar para aprender, não deveriam mais ir ao colo!
Sim, um bebê deixado
a chorar aprende, aprende que não tem com quem contar!!
De alguns poucos anos para cá, vejo engrossar uma
corrente que acredita no colo e no calor
para que um ser humano se desenvolva em toda a sua potencialidade, sou dessa
turma, melhor declarar logo aos desavisados!
Resolvemos um problema e criamos outros... Como pode uma
mulher passar o dia com a sua cria nos braços? E a casa? E os outros filhos? E
o resto da vida ( existe vida além da
maternidade e simultaneamente!)?
Criativos que somos encontramos soluções e lá vem a mulherada com os seus filhotes
amarrados ao corpo e com as mãos livres!! São muitos os carregadores de bebês
usados por distintas culturas, o principio é sempre mesmo, perto do corpo, em
uma posição segura e confortável.
Criativos que somos, inventamos moda e necessidades!! Hoje
temos uma infinidade de produtos confeccionados em modelos e materiais
distintos. São tantas possibilidades, tantas opiniões e tanta vontade de
acertar que muitas mães estão confusas e seus bebês estão engessados em protocolos sobre como serem carregados e sem colo!
“De quem é o colo
afinal?” é uma pergunta de resposta
simples, o colo é de quem se relaciona, aqui no caso da mãe e do bebê, do pai e
do bebê, da avó, do primo, da madrinha, do irmão , da vizinha, enfim, do
cuidador e do bebê, sempre do bebê!!
Em tempos estranhos, quando existe um excesso de consultores
sobre qualquer assunto e há quem se venda como consultor/ especialista em
criação com apego, sugiro que devamos, no mínimo, prestar atenção com um
profundo respeito e foco nos verdadeiros interessados ou no maior interessado
de todos, o bebê.
Slingada com Rosangela Alves |
Um carregador de bebê
é mais do que um item do enxoval, é um objeto que se presta a mediar uma
relação. Devemos pesquisar aquele que melhor atende às nossas necessidades e
que não prejudique a saúde nem do “carregador” nem do “carregado” e nos
informarmos sobre a melhor forma de utilizar cada modelo, incluindo sobre a melhor
posição e a indicação de faixa etária.
O mercado está aí e tem de tudo, muitas vezes também fico
deslumbrada e confusa com tantas lindezas e tantas novidades. Como sou
frequentemente consultada sobre o tema, vou até onde o meu conhecimento técnico
pode me levar e na sequência indico as
pessoas que me orientam e com quem aprendo sempre : a doce e maravilhosa Tatiana Tardioli da Dança Materna e a gentil e cuidadosíssima Rosangela Alves da Sampa
Sling!
Em tempo, isso não é propaganda, é indicação mesmo, de gente
séria, gentil e que sabe o que está fazendo! Podemos chamar de parceria para mudar o mundo se preferirem!!
Dança Materna com Tatiana Tardioli |