terça-feira, 8 de setembro de 2015

De quem é o colo afinal?



"Quem casa quer casa, quem nasce quer colo!!" 
  por mim mesma

Desde sempre, em todas as culturas crianças foram cuidadas e carregadas, nem sempre pela mãe, mas por alguém que por amor ou por função deveria fazê-lo e fez!
Não carregar um bebê é submetê-lo a um frio que ele não pode suportar ou pelo menos não pode suportar sem um custo.
Não é novo o que proponho! Carregar o bebê perto do corpo, no calor e na maciez do humano, ao som do coração, no ritmo da respiração, no balanço do caminhar, é quase fisiológico.
Em algum momento a medicina higienista resolveu que as crianças deveriam ser apartadas, aprender a dormir sozinhas, não deveriam ser mimadas, deveriam ser deixadas a chorar para aprender, não deveriam mais ir ao colo!
Sim, um bebê  deixado a chorar aprende, aprende que não tem com quem contar!!
De alguns poucos anos para cá, vejo engrossar uma corrente  que acredita no colo e no calor para que um ser humano se desenvolva em toda a sua potencialidade, sou dessa turma, melhor declarar logo aos desavisados!
Resolvemos um problema e criamos outros... Como pode uma mulher passar o dia com a sua cria nos braços? E a casa? E os outros filhos? E o resto da vida (  existe vida além da maternidade e simultaneamente!)?
Criativos que somos encontramos soluções  e lá vem a mulherada com os seus filhotes amarrados ao corpo e com as mãos livres!! São muitos os carregadores de bebês usados por distintas culturas, o principio é sempre mesmo, perto do corpo, em uma posição segura e confortável.
Criativos que somos, inventamos moda e necessidades!! Hoje temos uma infinidade de produtos confeccionados em modelos e materiais distintos. São tantas possibilidades, tantas opiniões e tanta vontade de acertar que muitas mães estão confusas e seus bebês estão engessados em protocolos sobre como serem carregados e sem colo!
“De quem é o colo afinal?”  é uma pergunta de resposta simples, o colo é de quem se relaciona, aqui no caso da mãe e do bebê, do pai e do bebê, da avó, do primo, da madrinha, do irmão , da vizinha, enfim, do cuidador e do bebê, sempre do bebê!!
Em tempos estranhos, quando existe um excesso de consultores sobre qualquer assunto e há quem se venda como consultor/ especialista em criação com apego, sugiro que devamos, no mínimo, prestar atenção com um profundo respeito e foco nos verdadeiros interessados ou no maior interessado de todos, o bebê.
Slingada com Rosangela Alves


Um carregador de bebê  é mais do que um item do enxoval, é um objeto que se presta a mediar uma relação. Devemos pesquisar aquele que melhor atende às nossas necessidades e que não prejudique a saúde nem do “carregador” nem do “carregado” e nos informarmos sobre a melhor forma de utilizar cada modelo, incluindo sobre a melhor posição e a indicação de faixa etária.
O mercado está aí e tem de tudo, muitas vezes também fico deslumbrada e confusa com tantas lindezas e tantas novidades. Como sou frequentemente consultada sobre o tema, vou até onde o meu conhecimento técnico pode me levar e na sequência  indico as pessoas que me orientam e com quem aprendo sempre : a doce e maravilhosa Tatiana Tardioli  da Dança Materna e a gentil e cuidadosíssima Rosangela Alves da  Sampa Sling!

Em tempo, isso não é propaganda, é indicação mesmo, de gente séria, gentil e que sabe o que está fazendo! Podemos chamar de parceria para mudar o mundo se preferirem!!
Dança Materna com Tatiana Tardioli